HIPERTENSÃO ARTERIAL
O que é Hipertensão arterial?
É uma doença crônica caracterizada por elevados níveis de pressão
sanguínea nas artérias, o que faz com que o coração tenha que exercer um
esforço maior do que o normal para fazer circular o sangue através dos vasos
sanguíneos.
Considera-se hipertenso aquele que apresentar
durante mensurações periódicas, a pressão igual ou maior que 140:90 mmhg ou
14:9.
Quais as causa da Hipertensão
arterial?
Em 95% dos casos, a causa da hipertensão
arterial (HA) é desconhecida, sendo chamada de HA primária ou essencial.
Nesses pacientes, ocorre aumento da rigidez das paredes arteriais e a herança
genética pode contribuir para o aparecimento da doença em 70% dos casos.
Nos demais, ocorre a HA secundária, ou seja, quando
uma determinada causa predomina sobre as demais, embora outras possam estar
presentes. É o caso da:
- HA por doença do parênquima renal
- HA renovascular: provocada
por algum problema nas artérias renais. O rim afetado produz
substâncias que elevam a pressão arterial
- HA por aldosteronismo
primário
- HA relacionado à gestação
- HA relacionado ao uso de
medicamentos; como corticosteróides, anti-concepcionais ou anti-inflamatórios.
- HA relacionado
ao feocromocitoma: tumor que produz substâncias vasoconstritoras
que aumentam a pressão arterial produzem taquicardia, cefaléia e sudorese.
- HA relacionado a outras
causas
Quem está mais sujeito a hipertensão, o homem ou a mulher?
Segundo a
Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), a prevalência global
de hipertensão entre homens (26,6%) e mulheres (26,1%) insinua que sexo não é
um fator de risco para hipertensão, porém o homem fuma mais que a mulher,
alimenta-se pior e é mais sedentário, além de que só vai ao médico quando
apresenta um sintoma de doença que limite o seu dia á dia, como a hipertensão é
uma doença silenciosa, no homem às vezes a doença é descoberta em uma fase mais
tardia quando os danos já estão instalados.·.
Enfim a
pressão alta ataca homens e mulheres, brancos e negros, ricos e pobres, idosos
e crianças, gordos e magros, pessoas calmas e nervosas.
A Hipertensão é muito comum, acomete uma em cada quatro pessoas adultas. Assim,
estima-se que atinge em torno de, no mínimo, 25 % da população brasileira
adulta, chegando a mais de 50% após os 60 anos e está presente em 5% das
crianças e adolescentes no Brasil. É responsável por 40% dos infartos, 80% dos
derrames e 25% dos casos de insuficiência renal terminal. As graves consequências
da pressão alta podem ser evitadas, desde que os hipertensos conheçam sua
condição e mantenham-se em tratamento com adequado controle da pressão.
Pessoas com história familiar de hipertensão podem
apresentar maior risco para a doença, devem fazer consultas periódicas a um
Clinico Geral ou Cardiologista.
Níveis elevados de pressão arterial são facilitados
por:
Elevada ingestão de sal,
Baixa ingestão de potássio,
Alta ingestão calórica e excessiva consome de
álcool.
Os dois últimos fatores de risco são os que mais
contribuem para o desenvolvimento de peso excessivo ou obesidade, que
estão diretamente relacionados à elevação da pressão arterial. O papel do teor
de cálcio, magnésio e proteína da dieta na prevenção da pressão arterial ainda
não está definido.
O estresse
psicológico e o sedentarismo ainda aguardam provas mais definitivas de
participação como fatores de risco, embora existam evidências de que sua
modificação pode ser benéfica no tratamento da hipertensão arterial.
O aumento do risco cardiovascular ocorre também
pela agregação de outros fatores, tais como tabagismo e dislipidemias -
alterações nos níveis de colesterol e triglicérides,
intolerância à glicose e diabetes mellitus.
Quais são os sintomas da hipertensão arterial?
Na maioria dos casos, não são observados sintomas.
Quando estes ocorrem, são comuns a outras patologias, tais como dor de cabeça, tonturas,
cansaço, enjoos, falta de ar e sangramentos nasais. Por isso, a hipertensão
arterial é conhecida como uma doença silenciosa. Isto pode dificultar o diagnóstico ou
fazer com que os pacientes esqueçam-se de usar os medicamentos necessários para
controlar a pressão arterial.
Quais são as complicações
da doença?
A pressão alta ataca os vasos, coração, rins e
cérebro. Os vasos são recobertos internamente por uma camada muito fina e delicada
(endotélio), que é agredida quando o sangue está circulando com pressão
elevada. Com isso, os vasos se tornam endurecidos e estreitados podendo, com o
passar dos anos, entupir ou romper. Quando o entupimento de um vaso acontece no
coração, causa a angina que pode ocasionar um infarto. No cérebro, o
entupimento ou rompimento de um vaso, leva ao "derrame cerebral"
ou AVC.
Nos rins podem ocorrer alterações na filtração até a paralisação dos órgãos.
Todas essas situações são muito graves e podem ser evitadas com o tratamento
adequado, bem conduzido por médicos.
Quais as opções de
tratamento disponíveis?
Existem dois tipos de tratamento para os
hipertensos: não medicamentoso e medicamentoso.
Um estilo de vida saudável é fundamental para
controlar fatores ambientais que influenciam negativamente a pressão arterial.
Uma alimentação rica em frutas, verduras e vegetais, evitar a ingestão
excessiva de sal, combater o sedentarismo e a obesidade, evitar o álcool e
o cigarro colaboram para a redução da pressão arterial e para a diminuição do
risco cardiovascular.
Quando essas medidas não são suficientes para
controlar a pressão arterial, o médico pode optar por introduzir medicações
hipotensoras com o objetivo de reduzir a morbidade e a mortalidade cardiovasculares.
O tratamento medicamentoso deve estar sempre associado ao tratamento não
medicamentoso citado acima.
Existem vários medicamentos usados para controlar a hipertensão,
como diuréticos, inibidores da ECA, bloqueadores do receptor AT1 e
bloqueadores dos canais de cálcio. Às vezes, é necessário que o médico oriente
uma associação de anti-hipertensivos.
O objetivo é reduzir a pressão arterial para
valores inferiores a 140 mmhg de pressão sistólica e 90 mmhg depressão
diastólica, respeitando-se as características individuais, a presença de outras
doenças e a qualidade de vida dos pacientes.
QUEM
SOFRE DE HIPERTENSÃOA RTERIAL PODE PRATICAR EXERCÍCIOS?
O exercício físico regular é recomendado atualmente
na prevenção e no tratamento não medicamentoso da hipertensão arterial. Melhor
forma física em normotensos associa-se com menor risco de mortalidade geral, em
amplo estudo epidemiológico.
Na maioria dos estudos realizados, o treinamento físico
diminui a pressão arterial de hipertenso, sendo a redução em média de 11 mmhg
na sistólica e 6 mmhg na diastólica.
- Efeito do exercício no organismo
- Reduz a pressão arterial;
- Auxilia na redução de peso;
- Melhora a sensibilidade a insulina,
consequentemente diminuindo os níveis de açúcar no sangue;
- Melhora o humor;
- Contribui para a redução do stress.
Qual é o melhor exercício? Aeróbico (bicicleta, natação, corrida) ou de Resistência
(Musculação, Pilates)?
O exercício físico resistido é praticado regularmente
e com o paciente controlado pelo seu médico, então produz o efeito hipotensor.
Além do que o reequilíbrio da musculatura
antigravitacional assegura melhora do retorno venoso e redução da resistência
vascular periférica o que auxilia na redução dos níveis de pressão arterial.
A
musculatura reequilibrada melhora a resistência aos esforços facilitando a
execução dos exercícios aeróbicos que vão auxiliar na diminuição de peso,
controle da glicemia e da pressão arterial.
Qual frequência semanal para o hipertenso fazer exercício e normalizar a sua pressão arterial?
Segundo a
Sociedade Brasileira de Cardiologia a frequência ideal é de três vezes por
semana, duração de 40 minutos, com a intensidade de 40% a 60% da capacidade
funcional máxima.
Em estudo verificou-se a redução de até 8mmHg após
o exercício com este efeito permanecendo por 60 minutos.
Fontes: Sociedade Brasileira de Cardiologia;Sociedade Brasileira de Hipertensão Arterial e Colégio Americano de Esportes.
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